quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Não se perde absolutamente NADA

É difícil entender o óbvio. Não faz parte do raciocínio humano a percepção da simplicidade à medida que se compreende certa complexidade. Apesar de ter dito absolutamente NADA, é suficiente. "Se a humanidade se auto-extingir não se perde absolutamente NADA", segundo Nelson Rodrigues, segundo Jabor.

Esse tal aquecimento global é o alvo. Não, é o ser humano o alvo. Não, a teoria da seleção natural de Charles Darwin. Não? Mas faz sentido, afinal a humanidade é um acontecimento natural.

Agora uma pergunta: Qual seleção natural estamos proporcionando se as melhores amostras não querem ter filhos? E as que efetivamente infestam o planeta não os queriam ter?

O ser humano é um bicho estranho, tão inteligente que consegue tudo para o seu comodismo e satisfação mas, tão inconsequente que não presume a simplicidade do caos que se instaura. O caos sempre esteve presente na natureza, mas de forma que consideramos natural, ou seja, sem a intervenção do homem. Então o problema é o homem. Não! O problema é a humanidade!!! É o número bilionário de pessoas que habitam e buscam a mesma "coisa". E é a humanidade que está perdendo, pois a praga está conseguindo se alimentar cada vez melhor. Mas até quando? Até a "coisa" mudar invariavelmente. Mais uma vez.

E volto a dizer o quê Rodrigues pensou: "Não se perde absolutamente NADA". Até se ganha, segundo a teoria evolucionária de Darwin.

7 comentários:

  1. Muito bom...

    A natureza fez o homem, então o homem é natural. Algo que o homem faz deveria ser visto como natural, da mesma forma que considera-se natural a criação de colméias pelas abelhas. Tudo bem, consideremos então "artificial" apenas um conceito para diferenciar as coisas naturais feitas por todas as coisas, das coisas naturais feitas pelos humanos.

    A questão que parece inerente ao discurso de Evandro é "Pode um produto de um processo voltar-se contra ele?". Pode o humano inteligente, fruto da seleção natural, lutar contra ela? Ainda que sim, seria um tiro pela culatra e faria com que as pessoas inteligentes durassem poucas gerações, provando que a ignorância é uma benção.

    "... as melhores amostras não querem ter filhos". Acredito que estas julgam que os seus genes não são os que farão diferença no futuro do planeta. De fato, sobreviveríamos como raça (sem grandes perdas na evolução) caso algumas gerações não seguissem a seleção natural completamente.

    Pra manter a discussão em pé, largo por último que, apesar de gostar da reflexão, meu instinto de sobrevivência faz com que pense que se perde alguma coisa, caso a humanidade desapareça, muita coisa.

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  2. É por isso que gosto de ter amigos por perto...

    Tiago, obrigado pelo comentário loco véio... "Muita coisa" tá aí, na cachola dos que pensam!!!

    Abração.

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  3. Qualquer frase do Nelson Rodrigues tem muito de ironia pra tentar transmitir suas idéias - extremamente conservadoras, por sinal.
    Eu, sinceramente, fiquei intrigado e não entendi o que exatamente tu quiseste dizer com "melhores amostras". Ou, quem sabe, entendi e não concordei. Dá uma luz aí, Evandrinho.

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  4. Pois é Paulo, quando falei "melhores amostras" me referi às pessoas com maior nível cultural, sendo um pouco exagerado mesmo, como força de expressão. Pessoas com elevado nível cultural têm poucos filhos... Agora se perguntares à piazada que fica na rua quantos irmãos eles têm... A idéia é que a tal seleção natural que estamos promovendo está degradando a humanidade, não pela seleção genética, mas pela educação. Hoje os acessos à quaisquer mídias é muito mais facilitado, mas e o conteúdo? A TV aberta é prova disto! Então temos uma evolução com valores globalizados, deturpados pelo consumismo, gerando uma humanidade corrompida pelo poder, dinheiro e satisfação pessoal.

    A vida, como nós conhecemos, é muito complexa e, talvez um dia consigamos entendê-la.

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  5. É, a sociedade fracassa porque a família fracassou.

    Tenho dificuldade em julgar que seja uma questão genética, em que existem alguns melhores que outros, visto que acredito que somos - todos seres humanos - fundamentalmente iguais. Sem querer ser moralista ou conservador - já sendo - não se pode esperar que valores sejam ensinados através dos meios de comunicação de massa. A sociedade desceu a ladeira pois perdeu o referencial de autoridade, esqueceu de escolher prioridades e parou de respeitar leis.

    Informação e conhecimento estão fartamente disponíveis, mas não garantem boa formação e sabedoria, infelizmente.

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  6. Sobre a família é exatamente isso que eu acredito Paulo. Sem uma família, pensando idealmente no que o termo representa, fica difícil, e não raro acontece naturalmente nos tempos modernos.

    Já sobre a questão genética, tenho uma opinião intuitivamente contrária aquela que defendi nos escritos. Considero, neste caso, uma certa isenção de preconceitos, usando um raciocínio puramente científico do pouco que conheço sobre o assunto. Imagino que não podemos mais ser conservadores, entende? Imagino que existe sim um constante melhoramento genético em curso, mas que está tendendo muito mais para um lado e, isto tem ligação direta com a renda das famílias e, a cultura vai "atada na cola", de carona.

    Então, não entendo como um Governo, que estabelece cotas para acesso educacional dos menos favorecidos, permanece insensível ao elevado número de filhos dessas famílias. É um contraste estúpido, mas no final todos votam!

    E, voltando ao início, todos consomem energia não renovável, todos, inclusive... Pobre lavoura nesse mar de gafanhotos.

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  7. Ueba!Neste país o óbvio só pode ser ululante!!!

    E, dizendo assim, obviamente, estou utilizando termos óbvios de José Si-mão, o macaco articulista e esculhambador-geral da Republica, que escreve direto do País da Piada Pronta para a Folha de São Paulo, pro Universo Online e, ainda, como o mais titulado titular do Monkeys News.

    E, seu eu fosse seu interino diria do meu ínterim: “é ululante...como a barriga do povo e do infante que têm de trabalhar pra sustentar o próprio trabalho incessante. Num outro enfoque, o da gozação,o plagiaria novamen-te, dizendo: que nóis sofre, mas, nóis goza. E, se eu estiver mentindo... que caninos de uma vamp mordam minha língua e deixem 90% de prejuízo se-xual num conto de Nelson Rodrigues - porque é óbvio que no restante ela deixa uma pontinha de malícia capaz de segurar meu piercing vibrador.

    É óbvio que já passei da idade de usar azuizinhas sem deixar aquilo roxo e os parentes de preto!!! Buemba, buemba... vai ser capa de jornal de bairro!

    O óbvio é mais óbvio que chamar Nelson apenas de Rodrigues pra ficar mais brasileiro (somente porque Rodrigues é de origem lusa e patronímico de Rodrigo). E, óbvio é “bater panelas” pra quem classificar o mesmo Nelson como de origem anglo-saxônica, tanto porque Nelson Rodrigues nasceu, se letrou e fez internacionais as letras da língua portuguesa e mostrou ao mundo a vida como ela é... as demais são bonitinhas, mas ordinárias! Por isso, se faz óbvio pedirmos para que um anjo pornográfico como Nelson Rodrigues incorpore e baixe o santo noutro corpo antes que toda nudez seja castigada!

    Evandrinho... é óbvio que você está certo como (obviamente) está certa tua percepção de que a simplicidade não faz parte do raciocínio humano à medida que se compreende certa complexidade. Ueba! Teu raciocínio merece mesmo é que seja globalizado – obviamente, abraço esta causa como abraço você, graande Evandrinhooo!!! Daggo (http://daggobilhalba.blogspot.com)

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